CANAL PR. ISAÍAS FERNANDES

DEVOCIONAL “Eles pregaram as boas-novas naquela cidade e fizeram muitos discípulos. Então voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, fortalecendo os discípulos e encorajando-os a permanecer na fé, dizendo: “É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus”.” (Atos 14:21-22 NVI) Após pregarem o evangelho em Derbe, Paulo e Barnabé tomam a decisão de voltar para a Antioquia da Síria. E nesta volta, eles passam pelas mesmas cidades onde foram perseguidos (Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia), com o intuito de fortalecer, exortar e encorajar os discípulos que foram deixados nesses lugares. Paulo e Barnabé não eram apenas missionários itinerantes, mas também pastores do rebanho. Não apenas geravam filhos espirituais, mas também cuidavam desses discípulos. Podemos perceber que Paulo e Barnabé amadurecia a fé dos discípulos mostrando que a vida cristã não é uma colônia de férias ou um parque de diversões. A vida em Cristo, não significa ausência de luta, dor e sofrimento. Muitos procuram Jesus no intuito de fugir do sofrimento. Mas o crente, todavia, não é salvo da tribulação, mas na tribulação. A vida cristã não é uma redoma de vidro, onde estamos protegidos e blindados das intempéries. Na verdade, estamos expostos à fraqueza da nossa natureza caída, ao caos desse mundo tenebroso e à fúria de Satanás e suas hostes. Neste sentido, assim afirma John Bunyan: “o povo de Deus é como sinos. Quanto mais forte lhes baterem, melhor será o som”. A maturidade da fé daqueles que seguem Jesus é evidenciada pela capacidade de suportar o sofrimento. As tribulações não podem nos destruir, não podem nos afastar do amor de Deus, não são castigo de Deus. Na verdade, elas são instrumentos de Deus para o nosso aperfeiçoamento e maturidade na fé. SOLA GRATIA

DEVOCIONAL “Então alguns judeus chegaram de Antioquia e de Icônio e mudaram o ânimo das multidões. Apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, pensando que estivesse morto. Mas, quando os discípulos se ajuntaram em volta de Paulo, ele se levantou e voltou à cidade. No dia seguinte, ele e Barnabé partiram para Derbe.” (Atos 14:19-20 NVI) Paulo e Barnabé estavam em Listra. Muitos dos que ouviram a mensagem do evangelho e viram os milagres, sentiram grande afeição por Paulo e Barnabé a ponto de idolatra-los. Mesmo diante da oposição dos discípulos quanto a adoração, a multidão insistiu no erro a ponto de oferecerem-lhes sacrifícios. Naquele momento, Paulo e Barnabé eram amados e ovacionados. No entanto, o texto nos diz que convencidos pelos judeus, a mesma multidão que outrora idolatrava, mudou de ânimo e passaram a apedrejar Paulo, arrastando-ló para fora da cidade. O apedrejamento de Paulo não foi uma execução judicial, mas um linchamento popular. Essa atitude mostra a volatilidade da opinião popular. A voz do povo não é a voz de Deus. As mesmas pessoas que queriam adorar Paulo como um deus, agora se viraram violentamente contra ele. A mesma inconstância dos judeus, no domingo de ramos, que saudaram Jesus como o Messias na entrada triunfal, em seguida, alguns dias mais tarde, rogaram pela libertação de Barrabás e a crucificação de Jesus. Isso nos mostra o quanto as massas podem ser influenciadas, tanto positivamente, quanto negativamente. Cuidado com os elogios de hoje, pois as mesmas pessoas que exaltam suas atitudes em um momento, no outro podem se tornar os críticos mais ferrenhos e violentos. Em tempos de internet, onde todos têm opiniões, precisamos guardar nosso coração. Não se preocupe tanto com a opinião da multidão. Não se prenda no erro de tentar agradar a todos. SOLA GRATIA

DEVOCIONAL “Em Listra havia um homem paralítico dos pés, aleijado desde o nascimento, que vivia ali sentado e nunca tinha andado. Ele ouvira Paulo falar. Quando Paulo olhou diretamente para ele e viu que o homem tinha fé para ser curado, disse em alta voz: “Levante-se! Fique em pé!” Com isso, o homem deu um salto e começou a andar.” (Atos 14:8-10 NVI) Paulo e Barnabé haviam acabado de chegar em Listra, e logo começaram o trabalho Evangelístico. Segundo historiadores, a pregação de Paulo se revezava entre as sinagogas (Judeus), mercados e praças (Gentios). Enquanto pregava, o texto nos diz que, um aleijado estava sentado ouvindo. A descrição da miséria desse homem nos mostra seu estado de desesperança. Aleijado dos pés, nunca havia andado, e sua vida resumiu-se até aquele momento a ficar sentado esperando a compaixão dos transeuntes. Das dezenas de pessoas no meio da multidão, Paulo fixou seu olhar sobre esse aleijado. Aquele homem não tinha dinheiro, não tinha condições de se locomover, estava às margens da sociedade, mas possuía um bem muito mais precioso que todas as riquezas desse mundo, a fé. Paulo observando essa fé, pelo pode do Espírito Santo, ordenou que ele ficasse de pé, e imediatamente ele ficou curado. A narrativa do milagre evidência de maneira clara o caráter do evangelho em nós, pela fé. Em primeiro, somos feitos nova criatura, em Cristo Jesus (2 Co 5.17). Aquele homem não sabia andar, pois desde criança tinha as pernas atrofiadas. Mas elas foram recriadas instantaneamente. Assim também é conosco. Somos regenerados, nossas debilidades são saradas, nosso caráter é transformado. Segundo, recebemos a vida de Cristo (1 Jo 4.9). Aquele homem nunca havia andado, mas agora se levantou e passou a andar. Através do evangelho, nossa vida é transformada. Recebemos uma cosmovisão, que nos faz enxergar o mundo pela ótica de Jesus. Terceiro, somos convidados a nos movimentar (Mt 28.19). Após o milagre, o homem começou a andar. O evangelho nos coloca em movimento. O imperativo para aqueles que são nova criação é o ide. Somos chamados para ir aqueles que precisam ouvir o evangelho. SOLA GRATIA

DEVOCIONAL “Estes sacudiram o pó dos seus pés em protesto contra eles e foram para Icônio. Os discípulos continuavam cheios de alegria e do Espírito Santo.” (Atos 13:51-52 NVI) Em Antioquia da Pisídia, no sábado, como era de costume, Paulo fez um grande discurso expondo as escrituras e evidenciando que Jesus é o Cristo. Os ouvintes ficaram atônitos e pediram para que Paulo retornasse no outro sábado para falar mais a respeito de Jesus (At 13.43). No entanto, alguns judeus repletos de inveja, buscavam contradizer o que Paulo ensinava (At 13.45). A pregação avançava, mas a oposição era feroz. Paulo e Barnabé eram, pela pregação do evangelho, alvo de perseguição. Existia claramente uma oposição, crítica e maledicência contra os missionários. Mas a respostas destes homens nos mostra como o Cristão deve se portar. Os pés sacudidos em sinal de protestos nos remetem as palavras de Jesus: “Mas, quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, saiam por suas ruas e digam: Até o pó da sua cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vocês. Fiquem certos disto: o Reino de Deus está próximo.” (Lc 10.10;11). Eles não se deixaram abater pelas críticas e oposição, do contrário, continuaram com a missão. Quando entendemos isso, só existe uma resposta: a alegria! Mesmo sendo criticados, perseguidos, alvos de maledicência, inveja e ódio, Paulo e Barnabé estavam cheios do Espírito Santo e com isso a única resposta possível era a alegria! Que nessa dia, a alegria do Senhor seja a nossa força (Nm 8.10). Que mesmo diante das lutas, possamos nos regozijar no Senhor, com alegria (Sl 40.16). SOLA GRATIA

DEVOCIONAL “A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo chamavam Hermes, porque era ele quem trazia a palavra. O sacerdote de Zeus, cujo templo ficava diante da cidade, trouxe bois e coroas de flores à porta da cidade, porque ele e a multidão queriam oferecer-lhes sacrifícios.” (atos 14:12-13 nvi) Assim que chegaram em Listra, depois da turbulenta passagem por Icônico, um milagre marcou a chegada de Paulo e Barnabé na cidade. Um homem aleijado, paralítico desde o nascimento ao ouvir a mensagem, tendo fé, foi imediatamente curado. O homem, cujos ossos e músculos deviam estar atrofiados, começou a saltar e andar. No entanto, a falta de discernimento espiritual dos habitantes de Listra os levou a pensar que Paulo e Barnabé eram deuses. Segundo H. I. Marshall “Uma lenda sobre Júpiter e Mercúrio terem visitado esta região está preservada num poema em latim escrito por Ovídio: um casal de velhos, Filemom e Bauquis, deu hospitalidade às duas divindades, sem ter consciência da identidade dos hóspedes”. Talvez essa lenda tenha inspirado a população a pensar que os missionários eram deuses vindos à terra. Paulo e Barnabé, contudo, não aceitaram a exaltação pagã e usaram deste fato para anunciar o evangelho, exortando-os para que abandonassem as suas crenças vãs. Esse episódio nos alerta para dois perigos que corrermos como crentes em Cristo: (I) Idolatria de personalidades: Homens de Deus não devem ser adorados como se Deus fossem. Eles são apenas mensageiros, somente Deus deve ser adorado. (II) Sincretismo religioso: o Deus verdadeiro deve ser adorado como Ele mesmo estabeleceu. Não podemos utilizar da fusão de religiões, ou de elementos religiosos, que adoram deuses falsos, para com isso, adorarmos ao Deus verdadeiro. SOLA GRATIA