2024 sepultou qualquer pretensão moral do conservadorismo ocidental, inclusive do brasileiro.
O conservador ocidental claramente vive sob uma moral dúplice, em que "bom" é tudo aquilo que favorece Israel ou tudo aquilo que é feito por Israel e "ruim" é tudo aquilo que prejudica ou vai contra Israel.
Terrorismo vira "contraterrorismo", bombardeios generalizados viram "ataques cirúrgicos", a chacina em massa e intencional de crianças vira "dano colateral"; odiadores virulentos do Cristianismo são chamados "aliados dos cristãos", mentir em defesa de Israel é virtude e não vício, porque é por uma "boa causa".
Até os islamofóbicos e críticos da imigração, que querem reduzir e reverter a imigração terceiro-mundista, transformam-se subitamente nos defensores de Israel - o mesmo país que declara abertamente pretender enviar os palestinos para a Europa, e que está diretamente envolvido no financiamento do sentimento pró-imigração e multiculturalista ao redor do mundo.
Desde 7 de outubro de 2023, pessoas que se dizem "cristãs" ou "conservadoras", gargalham e festejam a cada morte de criança na Palestina. Nem as imagens de tripas derramadas, cabeças estouradas e cadáveres despedaçados as fazem, pelo menos, pensar duas vezes se estão realmente do lado certo.
Lembram quando eles viviam repetindo as balelas sobre bebês decapitados, bebês em microondas, bebês carbonizados, etc? E lembram quando inventavam que as primeiras fotos de crianças palestinas mortas eram falsas? Eles pararam de insistir nisso tudo porque já sabiam, desde aquela época, que era tudo mentira. Mas eram mentiras "morais" por serem mentiras convenientes.
Isso já seria abjeto e misantrópico se elas tivessem algum vínculo pessoal com Israel (como é o caso de muitos judeus na diáspora), mas vindo de pessoas sem qualquer vínculo familiar só demonstra a alta capacidade de lavagem cerebral do sionismo internacional, capaz de transformar pessoas comuns em psicopatas, que se colocam diante dessa questão israelo-palestina sempre com um subtexto sexual, inclusive.
Essas pessoas estariam dispostas, até, a "perdoar" Israel mesmo que fosse um parente seu, seu próprio filho, sendo assassinado por eles.
Rapidamente comparariam ao sacrifício de Isaque, e chorariam lágrimas de crocodilo, crentes de que o cadáver massacrado seu filho serviu para acelerar a Segunda Vinda de Cristo.